Desculpa, mas não encontramos nada.
Em notícia no Jornal MAPA #21 dávamos conta do despejo, a 23 de Maio de 2018, do Centro Social Ocupado A Insumisa, na Corunha, Galiza. Um despejo ilegal (porque efectuado de véspera) e violentíssimo levado a cabo pelo poder local mais à esquerda de que havia memória na região: as eleições tinham dado o Ayuntamiento da Corunha à Marea Atlántica, uma coligação de movimentos assembleários saídos do 15M. Três anos depois, o edifício que alojou o CSO A Insumisa continuava fechado e sem qualquer tipo de uso.
Como resultado da resistência ao despejo, e apesar de não haver flagrante delito, sete pessoas foram acusadas de desordem pública, atentado e ameaças à autoridade e, graças à Ley Mordaza, sedição (este último delito terá, entretanto, caído). Destruído o carácter concreto do sonho, era hora do ajuste de contas que destruísse a capacidade de sonhar. De facto, as penas pedidas são absurdas: para uma pessoa, pede-se dez anos e, para outra, sete por desordem pública, atentado e lesões; três penas de três anos e meio por desordem e atentado; e duas de dois anos de prisão por danos agravados. A nível monetário, entre multas e responsabilidades civis, os custos ultrapassam os 25 mil euros.
Logo em Julho de 2018, estiveram no Porto duas pessoas que integravam a assembleia deste colectivo, numa acção de denúncia do endurecimento repressivo – sobretudo sobre a okupação – e de recolha de fundos para ajudar às despesas judiciais. Agora, acreditando que as sete vítimas de represálias são apenas a ponta dum iceberg repressivo que servirá para amedrontar qualquer tipo de dissidência e que toda a solidariedade é fundamental, está a organizar-se um novo um benefit, a acontecer entre 11 e 12 de Março, no Espaço Musas e num local vizinho, o Estúdio Esquadra, no Porto. Trata-se de um encontro de 2 dias, com, debate sobre a situação das pessoas envolvidos no processo, música, tattoo circus e outras actividades.
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