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O Mapa

O MAPA é, desde 2012, um jornal trimestral de informação crítica que marca presença física em espaços associativos, livrarias, quiosques, etc. E é, acima de tudo, suportado pelos seus assinantes. Está ainda disponível para leitura em mais de 300 bibliotecas municipais de Norte a Sul (e ilhas) de Portugal. É criado e mantido inteiramente por uma equipa de base voluntária.

No jornal MAPA faz-se jornalismo sem chefes nem patrões. O coletivo editorial organiza-se horizontalmente e por consenso. Geralmente fazemos uma reunião presencial a cada edição, mas como estamos espalhadas de norte a sul, 90% do trabalho é feito online e com o apoio do coletivos.org numa cloud própria e outras ferramentas open-source para gerir os conteúdos e edição do jornal. No nosso caso, trabalhar online sempre salvou o projeto de ficar concentrado na zona de Lisboa, mas este modelo funciona connosco porque o coletivo está seguro por afinidade política e por amizades que ultrapassam o jornal. A amizade consegue coisas que a profissionalização, por si só, é incapaz de produzir – tolerância, apoio mútuo, discussões honestas e um respeito interminável pela voz e pelo trabalho de cada uma, dentro e fora do jornal.

É o coletivo editorial que gere as propostas que vão chegando ao jornal. Se, por um lado, o jornal se quer aberto a diferentes vozes e perspetivas, por outro lado, existe uma linha editorial que guia o processo de decisão acerca do que publicamos. Nesse sentido, não somos apenas um coletivo editorial, mas também um coletivo político. Nunca se quis um jornal anarquista, panfletário, debruçado sobre as suas próprias reflexões ideológicas. Queremos um jornal que olha para o mundo e produz informação como qualquer outro. Mas o coletivo editorial, sim, é anarquista. O que é que isso quer dizer na prática? Quer dizer que temos uma linha editorial assumida, que não descarta necessariamente conteúdos produzidos desde outras visões e militâncias, mas que traça uma linha vermelha na naturalização do Estado e das suas violências, na criminalização de pessoas migrantes ou pobres, na apologia ao casino eleitoral ou à lógica dos mercados «livres» capitalistas.

O MAPA propõe-se, enquanto ferramenta, através da informação, debate e discussão, ser usada para o desenvolvimento da crítica enquanto alimento do pensamento e de práticas de autonomia e liberdade em todos os aspetos da vida. Não está, portanto, contido na zona de influência de grupos económicos ou partidos políticos de qualquer cor ou sabor. Como tal, é provável que se encontrem aqui notícias e perspetivas que não aparecem noutros sítios…