Desculpa, mas não encontramos nada.
Desculpa, mas não encontramos nada.
Lendo: O dom da gordura
Hoje em dia muitas pessoas, como as ditas tias de Cascais, recorrem à intervenção cirúrgica mais em voga no mundo: a lipoaspiração. O propósito é obter uma silhueta tipo presunto sem gordura e para o alcançar preferem uma boa lipoaspiradela à prática desportiva. Com a lipoaspiração é possível retirar toda a gordura acumulada durante quarenta anos. A imensa quantidade de gordura que se obtém é depois incinerada. Mas por que é que não podemos reciclar este produto puro da nossa sociedade mercantilizada? Nesta sociedade imposta é um desperdício incinerar essa imensa gordura. A lógica é aproveitar tudo o que permita o crescimento económico. Se dá dinheiro, não se pode perder a oportunidade. Vai daí, um «homem de negócios» norueguês, Lauri Venoy, propôs recuperar este maná para fabricar carburante. Entrou em contacto com diferentes estabelecimentos hospitalares, entre os quais o grande hospital americano Jackson Memorial. Com este último, o negociante combinou adquirir todas as semanas 11. 500 litros de gordura humana, provenientes das lipoaspirações, com a finalidade de produzir 10.000 litros de biodiesel. Porém, até ver, o projecto emperrou na legislação americana dos dejectos. Mas este fazedor de capitais mostra iniciativa empresarial «sustentável». E, estamos avisados, quer seja animal, vegetal ou humano, a gordura pode vir a ser utilizada em diferentes sectores do nosso quotidiano tecno-industrial, por exemplo, como óleo para fritar. A quem se agradece?
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